Anemia em Portugal é maior do que esperava a OMS
A prevalência da anemia em Portugal é de 20,4%, uma percentagem superior à estimada pela Organização Mundial de Saúde para o nosso país (15%). A conclusão é de um estudo agora divulgado, chamado EMPIRE, e que será apresentado amanhã na segunda reunião do Anemia Working Group – Associação Portuguesa para o Estudo da Anemia, que revela ainda outros dados: apenas 10% dos participantes no EMPIRE referiram um diagnóstico anterior da doença, sendo a maioria mulheres (15,1%). Dos homens, apenas 4,6% referiram ter-lhes sido diagnosticada previamente a doença.
Deste grupo, a maioria situa-se em Lisboa e no Vale do Tejo e a anemia que se verifica em maior percentagem é a por défice de ferro – 52,7%. O estudo debruçou-se também na percepção da anemia entre os participantes, sendo maior naqueles que referem dor crónica, uma história de tratamento oncológico e cirurgia recente e entre os vegetarianos.
Outros dados são mais alarmantes – apenas 53% dos participantes reportaram ter realizado tratamento (o mais comum é a toma de suplementos de ferro) mas, aquando do estudo, apenas 1,9% dos indivíduos com anemia estavam medicados. A maior parte dos casos não estão diagnosticados e, evidentemente, também não estão tratados.
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