A implementação do Patient Blood Management é urgente em Portugal

A implementação do Patient Blood Management é urgente em Portugal

Hoje, 13 de fevereiro, assinala-se o Dia Mundial da Consciencialização sobre a anemia, uma condição de saúde pública que afeta cerca de 20 % da população adulta em Portugal, com impacto significativo nas grávidas e idosos.

A anemia é uma epidemia silenciosa, com efeitos devastadores e que apresenta uma série de sintomas que, na sua generalidade, podem passar despercebidos, mas que, através uma análise comum ao sangue, facilmente se conseguem detectar. Apesar da anemia por deficiência de ferro ser a mais comum, não é única, o que obriga sempre a procurar a respetiva causa em questão.
Neste contexto, o Anemia Working Group Portugal (AWGP) alerta para a necessidade urgente de uma implementação mais abrangente da abordagem Patient Blood Management (PBM) em Portugal, como forma de responder à necessidade de valorizar o doente e a gestão do seu próprio sangue. O PBM é uma estratégia baseada em evidência científica que reduz em até 50 % a necessidade de transfusões sanguíneas, diminui em 10 % o tempo de internamento hospitalar e pode gerar uma poupança anual de 68 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Apesar de existir suporte institucional, a adoção do PBM continua irregular e insuficiente no país. Por isso, o AWGP lança hoje um conjunto de recomendações para incentivar a implementação deste modelo, onde destaca a sua base científica e os benefícios que esta traz, a necessidade e a importância de sensibilizar os Conselhos de Administração e a valorização do sangue do próprio doente, o que permite uma deteção atempada da anemia.
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