Poster 13
COMPLICAÇÕES DA ANTICOAGULAÇÃO NUM SERVIÇO DE URGÊNCIA
Autores
DIANA SOUSA MENDES, ANA SOFIA CORREDOURA, MICAELA MONTEIRO
SERVIÇO DE URGÊNCIA GERAL, SERVIÇO DE IMUNOHEMOTERAPIA – CENTRO HOSPITALAR LISBOA OCIDENTAL
A anticoagulação pode estar indicada no tratamento ou na prevenção de fenómenos trombóticos. Em relação à anticoagulação oral, pode optar-se pelos anticumarínicos ou pelos novos anticoagulantes (NOACs).
Os NOACs apresentam características muito promissoras, contudo a longa semi-vida e a ausência de antídoto específico para estes anticoagulantes complicam situações em caso de hemorragia ativa ou situações em que existe necessidade urgente de procedimentos invasivos.
Para a reversão dos NOACs estão recomendadas algumas medidas terapêuticas como plasma fresco congelado inativado, concentrado de complexo protrombínico (CCP), concentrado eritrocitário (CE) ou hemodiálise. O efeito dos anticoagulantes orais anticumarínicos pode ser revertido pela administração de fitomenadiona, plasma fresco congelado inativado ou CCP.
Os autores efetuaram um estudo retrospetivo dos doentes admitidos no serviço de urgência de um hospital central, em Lisboa, a quem foi administrado CCP para reversão de anticoagulação, desde 01/01/2013 até 21/11/2014 pretendendo quantificar e caracterizar a necessidade de reversão da anticoa gulação neste serviço de urgência.
Foi analisado o tipo de anticoagulante administrado (anticumarínico, anti-IIa ou anti-Xa), razão para a reversão da anticoagulação (hemorragia intracraneana, extracraneana ou necessidade de intervenção invasiva), idade e número de unidades de CE e CCP transfundidas.
Do universo de doentes anticoagulados que deram entrada neste serviço de urgência com necessidade de reversão da anticoagulação, a maioria encontrava-se medicada com anticumarinicos, sendo no entanto evidente o número crescente de doentes sob NOACs.
No grupo de doentes sob NOACs, a maioria encontrava-se sob dabigatrano e um dos doentes sob rivaroxabano.
Comparativamente ao grupo de doentes sob anticumarínicos, o grupo de doentes anticoagulado com NOACs apresentou maior número relativo de hemorragia extracraneana e maior necessidade de concentrado eritrocitário.